domingo, 6 de novembro de 2011

Trânsito e cidadania


Rosário do Sul têm interessante comunidade no Facebook voltada para o debate dos problemas que afligem a cidade.


Uma das questões debatidas é a insegurança do trânsito.

Esse não é um problema específico da cidade, mas do Brasil inteiro. A revista Veja, de 02 de novembro deste ano, contém reportagem que indica que, a cada 13 minutos, uma pessoa morre em decorrência de algum tipo de acidente em uma estrada ou rua brasileira.


Uma das principais causas é a ingestão de bebidas alcoólicas. E, talvez um fato ainda não percebido de modo crítico pelos rosarienses: a cidade possui diversos estabelecimentos que comercializam cervejas 24 horas ao dia, algo há muito banido de cidades de São Paulo. Apenas a título de ilustração, Diadema, uma cidade na Grande São Paulo, reduziu expressivamente seus índices de violência proibindo a comercialização de álcool após as 23 horas (alegar que restringir a comercialização de bebidas alcoólicas aumenta o desemprego, como ouvi de uma autoridade rosariense, é argumento, no mínimo, ingênuo. Falta a correta formulação do conceito de saúde pública).

As autoridades da cidade parecem desconhecer alguns conceitos básicos sobre segurança de vias com altas taxas de tráfego, como, por exemplo:

- muros laterais em concreto ao longo das vias para proteção aos pedestres (a vida de qualquer pessoa é mais importante que valores gastos na construção de muros de proteção),

- passarelas (espécies de pontes sobre as vias e em locais estratégicos) para travessias de pedestres e

- sinalização adequada.

A av. Rafael Gonçalves é descaso em segurança exemplar!




                                                autoria das fotos: Dr. Jair Rodrigues Mendes

Outro fator importantíssimo, não apenas para prevenção de acidentes, mas para o convívio social adequado: o exercício da cidadania de forma responsável.

O fascínio de muitas pessoas por um carro transforma-o em objeto de prazer e poder capaz de suprimir o devido direito à vida de outras pessoas. Esse é indicativo de grave deficiência educacional na configuração do cidadão!

Em geral, nosso nível de educação social é tão pequeno que desrespeitamos regras elementares, como o uso do cinto de segurança, a observação das regras de trânsito e a manutenção adequada do veículo de nossa propriedade ("basta a capacidade de locomover-se").

Infelizmente, nossa noção de cidadania foca-se na exigência de direitos e supressão de responsabilidades pessoais. Até aprendermos o pleno significado de convivência social e que a responsabilidade dessa aprendizagem diz respeito a todos, autoridades e cidadãos, teremos que conviver com o desrespeito à pessoa de nosso semelhante, seja pela violência no trânsito ou outros modos de violências.

Obviamente, não podemos desistir dessa luta. E a comunidade Rosário do Sul/ Debates parece estar plenamente imbuída nela. Parabéns!

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